terça-feira, 6 de julho de 2010

Palavra do ano 2009



Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo.
Ludwig Wittgenstein

O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome
Gabriel Garcia Marquez



O New Oxford American Dictionary, dicionário de inglês norte-americano com mais de 250.000 definições e entradas, editado pela Oxford University Press foi, em finais do ano passado, amplamente referido pelos meios de comunicação de todo o mundo, quando os seus responsáveis definiram unfriend como a palavra do ano de 2009.


Os termos do anúncio, no blogue da divisão americana da editora:

Birds are singing, the sun is shining and I am joyful first thing in the morning without caffeine. Why you ask? Because it is Word of the Year time (or WOTY as we refer to it around the office).  Every year the New Oxford American Dictionary prepares for the holidays by making its biggest announcement of the year.  This announcement is usually applauded by some and derided by others and the ongoing conversation it sparks is always a lot of fun, so I encourage you to let us know what you think in the comments.
Without further ado, the 2009 Word of the Year is: unfriend.
unfriend – verb – To remove someone as a ‘friend’ on a social networking site such as Facebook.
As in, “I decided to unfriend my roommate on Facebook after we had a fight.”
“It has both currency and potential longevity,” notes Christine Lindberg, Senior Lexicographer for Oxford’s US dictionary program. “In the online social networking context, its meaning is understood, so its adoption as a modern verb form makes this an interesting choice for Word of the Year. […] Unfriend has real lex-appeal.”

Aqui está, mais uma vez, o emergir de novos comportamentos e atitudes tão recentes que ainda não há sequer linguagem adequada: estes termos vão sendo criados por um público anónimo que não se limita a ser um auditório passivo mas, pelo contrário, participa e constrói. É a capacidade de incorporar o mundo que determina, em grande medida, a vitalidade de uma língua. O inglês presta-se admiravelmente à criação de neologismos e esta constatação não deixa de ser um factor de preocupação para quem está ligado à educação e, em particular, aos seus domínios tecnológicos






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